Review da Terceira Temporada de Rick and Morty: Quando a Série Decide Destruir Emoções (E Universos) Sem Pena

Ricky and Morty 3 season

Se nas duas primeiras temporadas Rick and Morty já tinha conquistado fãs por sua mistura genial de comédia ácida e ficção científica maluca, foi na terceira temporada, lançada em 2017, que a série elevou tudo a um novo patamar.

Aqui, o humor ficou mais sombrio, as aventuras mais grandiosas e os dilemas existenciais… mais dolorosamente humanos.

Prepare-se: a Terceira Temporada não está aqui para te confortar. Ela veio para te fazer rir enquanto questiona se a sua existência realmente tem sentido.


🧬 O que muda na terceira temporada?

Logo de cara, a terceira temporada joga o espectador no meio do caos, sem tempo para reintroduções ou resumos amigáveis.

✔️ A narrativa ganha um ritmo mais agressivo, com menos “episódios isolados” e mais construção de arcos que se desenvolvem ao longo da temporada.
✔️ Rick, antes visto apenas como um gênio excêntrico, revela sua face mais sombria e autodestrutiva.
✔️ A família Smith enfrenta consequências reais por seus conflitos internos.

👉 O tom da série fica mais adulto, mais denso e, paradoxalmente, ainda mais engraçado.


📺 Os Episódios Mais Icônicos da Terceira Temporada

A terceira temporada tem apenas 10 episódios, mas praticamente todos eles são memoráveis. Abaixo, os que mais marcaram:


🔓 1) The Rickshank Rickdemption (Episódio 1)

O episódio de abertura é um espetáculo à parte.

👉 A trama retoma os eventos do final da segunda temporada, onde Rick está preso pela Federação Galáctica.

O que acontece?
✔️ Rick escapa de uma prisão de segurança máxima usando apenas inteligência pura e crueldade emocional.
✔️ Derruba o governo galáctico.
✔️ Destrói a Cidadela dos Ricks.
✔️ Derruba o casamento da própria filha.

Ah, e claro… tudo isso motivado por… um molho promocional do McDonald’s chamado Szechuan Sauce.

📌 Esse episódio mostra a essência da temporada: caos absoluto com motivações ridiculamente humanas.


🛡️ 2) Pickle Rick (Episódio 3)

Sim, o famigerado Pickle Rick, o episódio que fez a série explodir culturalmente.

👉 Rick transforma seu corpo inteiro em um picles (sim, literalmente) para evitar uma sessão de terapia familiar.

O que era pra ser só uma piada visual, se transforma em uma jornada de sobrevivência brutal, onde Rick enfrenta ratos assassinos e agentes secretos numa sequência de ação que parodia filmes como John Wick e Die Hard.

📌 Mas o melhor do episódio está fora da ação:
A sessão de terapia da família Smith, conduzida pela Dra. Wong, entrega um dos diálogos mais profundos e dolorosos da série sobre negação emocional e autossabotagem.


👑 3) The Ricklantis Mixup (Episódio 7)

Possivelmente um dos episódios mais impactantes da série até hoje.

👉 Enquanto Rick e Morty planejam férias em Atlantis, o episódio foca na Cidadela dos Ricks, explorando a sociedade criada por diferentes versões de Rick e Morty.

Aqui, a série apresenta:
✔️ Corrupção política
✔️ Desigualdade social
✔️ Opressão de classes
✔️ E claro, o retorno bombástico do Evil Morty, que dá um golpe e assume o controle da Cidadela.

📌 Esse episódio virou referência por mostrar que até um multiverso de gênios pode repetir os piores erros da humanidade.


🦖 4) Rest and Ricklaxation (Episódio 6)

Neste episódio, Rick e Morty vão a um spa intergaláctico para relaxar e acidentalmente removem suas toxinas emocionais.

👉 Resultado? Duas versões de cada um são criadas:
✔️ Um Rick e um Morty “purificados”, calmos e equilibrados…
✔️ E um Rick e Morty tóxicos, cheios de traumas, egoísmo e inseguranças.

O episódio é uma metáfora escancarada sobre como não dá para separar o lado ruim e o lado bom do ser humano sem destruir sua essência.


🎡 5) Morty’s Mind Blowers (Episódio 8)

Aqui, a série brinca novamente com o formato antológico, parecido com “Rixty Minutes”, da primeira temporada.

👉 Em vez de assistir TV interdimensional, Rick e Morty revisitam memórias traumáticas que foram apagadas por eles mesmos.

Cada lembrança é mais bizarra que a anterior, revelando situações que vão de extremamente engraçadas a profundamente desconfortáveis.

📌 Moral do episódio:
Às vezes, esquecer é a única forma de seguir em frente…
…mas ignorar seus traumas não significa que eles deixam de existir.


🧨 A Terceira Temporada Quebrou o Ciclo Cômico e Mostrou o Peso da Dor

Enquanto as temporadas anteriores alternavam momentos cômicos e dilemas existenciais, a terceira temporada mistura tudo sem dar tempo para o público respirar.

👉 Aqui, os personagens não têm mais como fugir de suas feridas emocionais.
👉 Rick já não consegue mais esconder sua tristeza por trás do sarcasmo.
👉 Morty começa a desenvolver um cinismo preocupante.
👉 Beth finalmente confronta a verdade sobre seu relacionamento com Jerry e sobre quem ela é (ou não é).

E o que antes parecia uma série “de aventuras malucas”, agora se torna uma narrativa sobre adultos emocionalmente quebrados tentando sobreviver num universo que não liga para eles.


💔 Destaques Emocionais: Quando Rick para de ser apenas engraçado e vira trágico

O Rick da terceira temporada é menos o “cientista maluco divertido” e mais um homem que destrói tudo que ama por não saber lidar com o próprio vazio existencial.

Exemplos?
✔️ Ele arruina qualquer possibilidade de reconciliação com Beth e a família.
✔️ Ele trai suas próprias versões alternativas.
✔️ Ele destrói governos inteiros por orgulho ferido.

👉 E ainda assim, em vários momentos, a série deixa claro: Rick não faz isso por maldade pura, mas por não suportar enfrentar seus próprios sentimentos.


🌌 Expansão do Multiverso: A Cidadela dos Ricks e o Evil Morty

A terceira temporada expande o universo da série de maneira monumental.

A Cidadela dos Ricks, que antes era apenas uma sátira nerd, agora se transforma em um reflexo distorcido da sociedade humana: cheia de opressão, desigualdade e corrupção.

👉 E no meio disso tudo, surge o Evil Morty, um personagem que escancara um questionamento central:

Será que Rick realmente é livre… ou ele também está preso ao ciclo que criou?


🔮 Gatilhos para as Temporadas Futuras

A terceira temporada plantou as sementes para diversas tramas que seriam exploradas nas temporadas seguintes:
✔️ A evolução de Evil Morty e seu plano misterioso
✔️ As possíveis clones de Beth (será que a Beth da família é a original?)
✔️ A decadência emocional irreversível de Rick
✔️ A ascensão (ou queda) moral de Morty

Tudo isso transformaria Rick and Morty não apenas em uma série sobre viagens interdimensionais, mas em um estudo profundo sobre identidade, livre-arbítrio e autodestruição.


✅ Conclusão: A Terceira Temporada Foi Onde Rick and Morty Se Tornou Mais Do Que Uma Comédia — Virou Um Estudo Sobre a Dor Humana

Se você chegou até a terceira temporada esperando “só mais um desenho engraçado”, provavelmente saiu emocionalmente abalado.

👉 Aqui, Rick and Morty prova que sabe fazer humor inteligente, sim…
👉 Mas também sabe cutucar feridas existenciais que poucos desenhos (ou séries em geral) têm coragem de tocar.

No fim, a terceira temporada deixa uma mensagem dolorosa:
“Você pode fugir para qualquer universo… mas nunca vai conseguir fugir de si mesmo.”

E é por isso que, depois dessa temporada, Rick and Morty deixou de ser só uma série cult para nerds e virou uma das animações mais impactantes e profundas da cultura pop recente.

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Robson Hermes é criador do Canal Cartoon Ask e fundador do Central Ask. Apaixonado por animações, cultura pop e entretenimento, compartilha curiosidades, análises e resumos com uma visão divertida e independente.

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