“O multiverso é vasto. Mas nenhum Rick é mais estranho que outro Rick.”

Se você achava que Rick Sanchez já era excêntrico por natureza, prepare-se para conhecer os Ricks mais insanos, extremos, engenhosos (e absolutamente bizarros) das infinitas realidades de Rick and Morty.
Porque sim, existem versões do Rick que… nem o próprio Rick acredita que existem.

Neste post, vamos explorar 7 Ricks alternativos que provam que a genialidade não tem limites — e o caos também não. Alguns são hilários, outros são pura crítica social, e todos mostram o quão longe a série está disposta a ir.

🌌 A Era do Multiverso e o Culto ao Rick

Desde a primeira temporada, a série deixou claro que o Rick que acompanhamos (C-137) é apenas um entre infinitos Ricks — cada um em sua dimensão, com sua própria história, decisões, falhas e traumas.

A existência da Cidadela dos Ricks, um “governo” multiversal autogerido por clones de si mesmo, escancara a ideia de que o ego de Rick é literalmente uma entidade que se replica. A ironia? Ele odeia o sistema, mas é a base dele.

Mas nem todos os Ricks seguem o mesmo caminho cínico e autodestrutivo. Alguns são absurdamente diferentes. Outros… nem parecem Ricks.

Vamos a eles:

🧬 1. Rick Picles (Pickle Rick)

📺 Episódio: Temporada 3, Episódio 3 – “Pickle Rick”

A versão mais icônica — e talvez mais absurda — que já vimos. Rick transforma a si mesmo em um picles para evitar uma sessão de terapia com a família.

🍃 Por que é insano:

• É literalmente um vegetal com cérebro.
• Constrói um corpo robótico a partir de partes minúsculas do ambiente.
• Prova que a genialidade de Rick independe de forma humana.

🎯 Símbolo de quê?

Pickle Rick é um ícone da cultura pop e da negação emocional elevada ao nível científico. Um Rick que prefere se arrastar no esgoto do que confrontar suas emoções? Sim. Mas com muito estilo.

Frase célebre: “Eu sou o Rick Picles!”

🧙‍♂️ 2. Rick Feiticeiro (Doofus Rick)

📺 Episódio: Temporada 1, Episódio 10 – “Close Rick-counters of the Rick Kind”

Esse Rick vem de uma dimensão onde ele… não é um gênio. Ele é gentil, carismático, bem-intencionado e provavelmente o mais saudável de todos — emocionalmente falando.

🤯 Por que é insano:

• Ele cozinha para a família.
• Trata todos com respeito.
• É desprezado pelos outros Ricks por… ser “legal demais”.

💡 Crítica embutida:

A rejeição de Doofus Rick pelos demais é uma alfinetada direta no culto à frieza e arrogância. Ele é o Rick que nos mostra o quanto a humanidade foi diluída no ego de seus clones.

Frase simbólica: “Você é meu amigo, Jerry.”

🦅 3. Rick Águia (Phoenixperson Rick?)

📺 Referência indireta / Multiverso imaginado

Embora não seja mostrado diretamente, já se especulou sobre versões de Rick que se fundem com outras entidades simbólicas. Rick Águia seria um Rick com estética militarizada, voador, e com tendências de “herói trágico”.

🛠️ Por que merece estar na lista:

• Representa o arquétipo de “Rick justiceiro”.
• Imagina-se que ele lute contra a Cidadela, mas de forma isolada.
• Poderia facilmente ser um Rick de HQ indie.

📚 O que simboliza?

A tentativa de fazer justiça fora do sistema — um Rick que desafia sua própria casta como um anti-herói fora de controle.

🧑‍🌾 4. Rick Fazendeiro

📺 Episódio: Temporada 2, Episódio 6 – “The Ricks Must Be Crazy”

Rick e Morty entram no universo da bateria do carro de Rick (o Microverso), e lá descobrem que o Rick criou um mundo inteiro apenas para gerar energia.

Entre os habitantes, há versões “primitivas” de cientistas — incluindo um Rick que vive como se fosse um camponês científico, cuidando de microtecnologia como se fosse plantação.

🌽 Por que é insano:

• Lida com física quântica como quem cultiva milho.
• Mostra que Rick pode criar subdimensões onde ele é… quase um deus.

🧭 Reflexão:

Quando a tecnologia se confunde com biologia e se torna cultura local, Rick se transforma no arquiteto de civilizações em escala microscópica.

🧛‍♂️ 5. VampRick (Rick Gótico)

📺 Episódio: The Ricklantis Mixup (Temporada 3, Episódio 7)

Na Cidadela dos Ricks, conhecemos centenas de versões diferentes. Uma delas é um Rick totalmente dark, com estética vampírica/gótica, que aparece em segundo plano mas foi eternizado pelos fãs.

🕯️ Por que é insano:

• É a versão mais visualmente teatral.
• Provavelmente é poeta nas horas vagas.
• Seria o Rick ideal para tocar em banda indie nos anos 2000.

✒️ Teoria dos fãs:

Ele representa o Rick melancólico, introspectivo, quase filosófico. Aquele que carrega o fardo de existir com mais drama do que sarcasmo.

🧢 6. Rick Político (Presidente da Cidadela)

📺 Episódio: The Ricklantis Mixup (T3E7)

Uma das versões mais bem construídas da série. Esse Rick se candidata a presidente da Cidadela dos Ricks — e vence.

📊 Por que é insano:

• Manipula a narrativa política como um gênio midiático.
• Usa as regras do sistema para destruir o sistema.
• Spoiler: ele é o “Evil Morty” disfarçado (ok, não é bem um Rick, mas a inversão é genial).

🔎 Símbolo:

Representa a rebelião do oprimido usando o próprio sistema como escada. É a subversão completa da hierarquia Rick > Morty.

🤖 7. Robô Rick

📺 Várias referências ao longo da série

Sim, existem Ricks que são inteligências artificiais criadas por outros Ricks. Seja como assistente, seja como substituto de campo, esses Ricks funcionam como extensão da megalomania original.

🧠 Por que é insano:

• Não têm alma, mas têm a lógica de um Rick.
• Podem ser ativados para missões específicas.
• São 100% leais, mas questionam sua existência.

🧩 Questão filosófica:

Se um Rick cria um Rick robótico… ele clonou a si mesmo ou apenas projetou sua arrogância?

🔚 Cada Rick é um Espelho Quebrado — e Cada Estilhaço, Uma Possibilidade

No multiverso infinito de Rick and Morty, cada Rick é uma versão retorcida, exagerada, alternativa ou absurda de um mesmo arquétipo: o do gênio em conflito com a própria existência. Mas à medida que exploramos essas versões, percebemos que não estamos apenas rindo de variações aleatórias — estamos enxergando partes de nós mesmos multiplicadas no caos.

Rick Pickles foge das emoções.
Doofus Rick abraça a gentileza.
Rick político manipula o sistema.
Rick camponês constrói mundos do zero.
E o Rick gótico… só quer entender por que tudo dói tanto.

Cada um deles representa uma possibilidade emocional, intelectual ou existencial que todos nós já flertamos em algum momento da vida:

• a fuga dos compromissos;
• o desejo de ser aceito;
• a vontade de destruir tudo e recomeçar;
• o cansaço de ser sempre o mais inteligente da sala.

Rick não é apenas um personagem — ele é um símbolo da consciência que se expande até romper os próprios limites, mas que ainda assim não consegue preencher o buraco que deixou no peito. Por isso ele cria, destrói, clona, se transforma, simula realidades, e às vezes… vira um picles.

A genialidade da série está em mostrar que, apesar de todas as máscaras, variações e clones, a essência de Rick continua ali: um ser em busca de sentido num universo que ele mesmo desmantelou.

E talvez seja por isso que Rick and Morty seja tão fascinante. Porque enquanto Rick se multiplica em versões cada vez mais bizarras, a gente continua assistindo — torcendo pra que, em alguma realidade, ele encontre um pouco de paz. Ou pelo menos um portal pra algo que se pareça com isso.

Porque se há infinitos Ricks… também há infinitas chances de se reinventar.
E no fim das contas, talvez sejamos todos apenas mais uma variável tentando entender quem somos nesse experimento cósmico chamado vida.